People! Vocês podem ler abaixo a primeira parte da entrevista excluZiva que o Muza fez com a Wanessa. Como sabe,
ele esteve em Belo Horizonte no último final de semana. Na entrevista
abaixo, a cantora fala sobre sua relação com o público de BH, o público
gay, sua mudança de estilo e as críticas que recebeu quando resolveu
lançar um cantando só em inglês.
Esse é o seu
segundo show em uma boate em Belo Horizonte, além de já ter feitos
shows, anteriormente, me outros locais. Que memória você tem do público
da cidade?
Eu tenho um carinho muito grande por Minas, em geral. Desde o começo da minha carreira é um estado que tem um público muito cativo, que gosta das coisas que eu faço. Teve ano que foi o estado onde eu mais fiz show. E nesse trabalho novo eu senti uma recepção muito boa também, desde que eu vim aqui na Josefine pela primeira vez. E quando eu planejo fazer uma turnê grande, eu sempre ponho BH no roteiro porque é uma cidade muito importante pra gente como artista, porque ela tem uma visibilidade que é pro Brasil inteiro. Então, é um público que forma opinião também, além de ser um público carinhoso, gostoso, que eu tenho um carinho especial.
Eu tenho um carinho muito grande por Minas, em geral. Desde o começo da minha carreira é um estado que tem um público muito cativo, que gosta das coisas que eu faço. Teve ano que foi o estado onde eu mais fiz show. E nesse trabalho novo eu senti uma recepção muito boa também, desde que eu vim aqui na Josefine pela primeira vez. E quando eu planejo fazer uma turnê grande, eu sempre ponho BH no roteiro porque é uma cidade muito importante pra gente como artista, porque ela tem uma visibilidade que é pro Brasil inteiro. Então, é um público que forma opinião também, além de ser um público carinhoso, gostoso, que eu tenho um carinho especial.
Como é para você
fazer show em boate? Já que você esteve na cidade ante e se apresentou
em casas de shows, que são mais adequadas pra espetáculos
artísticos. Tem diferença, como é isso pra você?
Wanessa: É
bem diferente. Então, no
ano que vem, meu projeto é pegar a turnê que vai ser gravada do DVD e
fazer
shows maiores também. Então, não vou deixar de fazer as baladas porque
eu tenho
um carinho incrível, um público muito grande disso. Mas ano que vem é
tentar
viabilizar, o máximo possível, um grande show com grande produção em
casa que
comporte isso. Até, às vezes com as parcerias das baladas, enfim, fazer
camarote, fazer festas, então tem muita ideia pro ano que vem pra poder
fazer
uns shows maiores, porque são diferentes! Não só
tempo. Um é 40 minutos, uma hora, o outro são duas horas de show. Um tem
repertório focado na noite, o outro focado no geral da minha carreira.
Então, você tem um momento mais tranquilo, mais light, você interpreta
um pouco mais,
tem o cenário pra te ajudar, um corpo de baile maior, banda ao vivo, é
uma diferença tremenda. Então, são shows que eu gosto muito de fazer,
porque eles são improvisos, e em cada show invento uma coisa nova, mas
eu gosto
muito de fazer o outro show também.
O que fez você mudar de estilo? Você até então era conhecida como
uma cantora romântica, com uma pegada mais pop. Você continuou sendo pop, mas
com foco na música eletrônica, e-music. Começou com o disco Meu Momento, de 2009, na música "Fly" o rapper Ja-Rule, e depois o disco seguinte já foi todo em inglês, o DNA. Como foi isso?
Wanessa: Foi muito natural. Eu estava buscando coisas novas na
minha carreira há algum tempo e chegou um momento em que eu não me via, eu
precisava fazer algo mais a ver comigo naquele momento. Muita coisa eu gosto do
trabalho que fiz ao longo do tempo e muita coisa tem a ver com o momento que eu
vivi naquela época, que não condizem mais com o meu discurso, com quem eu sou.
Tem a ver com a menina de 17 anos que eu era. E hoje com 29 anos o meu papo é
outro, a minha história é outra, e isso tem a ver com música. Não tem como você
não passar, ainda mais que eu comecei no pop romântico adolescente, que é uma
coisa que se você não mudar, você não vai ser adolescente a vida inteira e
continuar cantando as mesmas coisas. Então você pode evoluir pra uma música mais
MPB, uma música mais country, um sertanejo mais adulto. Eu tinha vários
caminhos e um deles, que era o mais arriscado, o pop dance, que foi o que eu
resolvi fazer porque tinha muito a ver com toda minha vida e foi uma música que
eu sempre gostei. E isso tinha mais a ver comigo do que outros caminhos que
estavam aparecendo naquele momento, e foi onde eu me envolvi me entreguei e resolvi
que era a minha parada.
Já é o seu terceiro ano com esse projeto, digamos assim, mas durante esse
tempo você foi alvo de algumas críticas, alguns alegando ser marketing ou
estratégia, tentando focar algo pro público gay. Como você recebeu essas
críticas?
Wanessa: Engraçado. Esse tipo de crítica não chegou muito a mim
não. Meu tipo de crítica foi exatamente “Tá louca? Quer cantar agora em
inglês?”, querer ser pop e querer imitar as gringas, foi mais nesse nível
assim. E como é um trabalho verdadeiro e eu sei o quanto ele é pessoal pra mim,
e desde o começo, eu tô acostumada a ter sempre pessoas duvidando ou falando
mal do meu trabalho, você não pode ficar pensando nessas coisas, porque se não
isso pega um pouco em você. Se você deixar que a energia negativa chegue até
você, você acaba levando isso pro seu trabalho. E eu busco o tempo inteiro
acreditar naquilo que eu tô fazendo, então eu tento levar as coisas boas, as
críticas que são bacanas eu levo e construo em cima delas uma coisa melhor,
avalio. Eu já sou uma pessoa muito crítica, vendo meus shows. Em todo
show eu tô me criticando horrores, tentando melhorar como cantora, como
performer, e no meu repertório em cada CD acho que poderia ter sido melhor, é
sempre assim. E é essa evolução que busco sempre, pra que eu nunca fique
estacionada achando que tá tudo bem, tudo certo.
Muza: E nesse sentido de crítica, com essa mudança você ganhou muito
destaque no meio gay. Como que é pra você essa relação? Ela já existia ou a
partir de agora ficou mais intensa?
Wanessa: Ela
já existia, só que quando eu comecei eu peguei um
público muito pré-adolescente, então acho que tinham muita gente ainda
em
formação daquilo que seria, buscando a sua identidade, tanto de vida
como
sexual. E eu tinha já, muitos desses fãs que hoje são assumidos
homossexuais, eram fãs quando criança e adolescente e eles vieram
acompanhando. Teve um
aumento considerável de fãs que não olharam pro trabalho por ser muito
pop,
muito romântico, talvez até mais feminino em alguns momentos, que
observou esse
trabalho com mais atenção, que não olhava antes pro trabalho. Então teve
esses
dois lados, teve o público que acompanhou e teve um público que cresceu
muito
com isso. Com certeza é maior o público LGBT que eu tenho hoje do que há
cinco
anos.
Fico ligado!
Na segunda parte da entrevista, que vai ao ar até a próxima
segunda-feira, Wanessa fala sobre seu envolvimento com as questões LGBT,
como a maternidade está influenciando o seu trabalho e revela novidades
sobre seus próximos projetos (Nova música e DVD).
Fonte: MUZA
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