Desde que foi vista e ouvida com o rapper americano Ja Rule em "Fly",
de 2009, Wanessa passou a aproximar sua carreira cada vez mais do pop
dançante gringo. O segundo passo, após shows em casas LBGT brasileiras,
foi lançar o disco "DNA", de 2011. Agora, a cantora grava DVD nesta
quinta-feira (15), no HSBC Brasil, com repertório que vai pelo mesmo
rumo.
Há faixa composta por quem já trabalhou com o duo LMFAO ("Atmosphere") e
canções house como "Shine it on" e "Messia". Wanessa só desacelera em
"You can´t break a broken heart", de autoria da hitmaker Diana Warren. A
americana já escreveu sucessos adocicados como "Because you loved me"
(Céline Dion), "Un-break my heart" (Toni Braxton) e "I don't want to
miss a thing" (Aerosmith).
Os dois maiores parceiros de Wanessa, no entanto, são o coreógrafo
Bryan Tanaka - com Rihanna e Beyoncé no currículo; e o produtor Mister
Jam, alcunha de Fabianno Almeida, do hit "Rebola na boa", do final da
década de 90. Em entrevista por telefone ao G1, Wanessa elogia o time com o qual trabalha e explica como foi a escolha do novo repertório.
G1 - Como foi a escolha das inéditas?
Wanessa - É sempre uma novela a escolha. Eu tinha recebido
algumas no começo do ano e outras no meio. Fui guardando e jogando em
uma pasta para ouvir à noite. São músicas que consegui me enxergar
cantando. De última hora chegou a da Diane Warren, que é muito
romântica. A música já foi gravada no Reino Unido [em um programa de
calouros]. Mas não aconteceu nada com a música.
G1 - 'You can´t break a broken heart' é uma faixa lenta. Por que decidiu gravá-la, se hoje o repertório é dançante?
Wanessa - Achei
supergostosa, gostei do papo. Eu estava até com saudade dessas músicas.
Tem música que você ouve e pensa "Caracoles, é hit". Você tem que ter a
sensação que já ouviu, sem ter ouvido. O ideal é não deixar a música ir
embora. No "DNA", tem uma música dramática lenta, mas é minoria mesmo.
No show, tem só um momento de piano e romance, o resto é tudo pra cima e
dançante. É um momento de respiro.
G1 - Como foi a parceria com o Brian Tanaka [coreógrafo de Beyoncé]?
Wanessa - O
Brian tem uma linguagem que quero trazer para o Brasil. Conheci há dois
anos, quando abri para Beyoncé. Ele conheceu minhas bailarinas, elogiou
o trabalho. Ele foi gente boa. A dança é protagonista junto com a
música. Eu tenho um time de coreógrafos brasileiros, mas queria o
chamado street jazz. Começamos a conversar dos shows, e houve uma
empatia. Botamos o trabalho em prática e funcionou bem. É a linguagem
dele no meu mundo. Ele não quer transformar Wanessa em Rihanna e Rihanna
em Beyoncé. Ele usa o movimento natural da pessoa. Estamos ensaiando
com balé há dois meses e com banda há um mês.
G1 - Hoje, há uma disputa entre Gaga e Madonna, mas há outras
que você gosta como Beyoncé, Rihanna, Shakira... Gaga e Madonna estão
acima das outras?
Wanessa - Eu vejo a
Madonna como um ícone, depois vejo a Beyoncé como uma sucessora. Ela
consegue atingir todos, agrada gregos e troianos. Ela é muita querida,
como a Madonna era. A Britney tem uma história que a gente tem que
respeitar. A menina vendeu disco pra caramba, tem uma história. A Gaga é
um fenômeno e ainda está provando a que veio. Eu a vejo como uma
artista genuína. Ela dança, canta, mas está na busca da trajetória. A
Shakira está consolidada. Com 11 anos, fui em show da Shakira.
G1 - Novamente, suas novas músicas são
dançantes e em inglês. Deve continuar assim para sempre, por um bom
tempo? Quais as chances de mudar?
Wanessa - Não
gosto de nada definitivo. Por enquanto, tenho adorado fazer esse tipo
de música. O meu discurso está ali... Mas eu sou brasileira, falo em
português. Se pintar uma ideia legal, vou fazer em português. Vou cantar
com o Naldo uma música dançante em português. É uma mistura, um pouco
do suingue e o house forte. Além do Naldo, tem também participação da
Preta.
G1 - Como foi o convite para a Preta Gil?
Wanessa -
A Preta é uma querida com quem eu sempre tive vontade de dividir o
palco. É uma das melhores cantoras da atualidade. Ela tira qualquer um
do caixão. Ela é amiga mesmo. Sempre rolou esse namoro. Nossos fãs
também são muitas vezes os mesmos e eles pediam isso. Na hora de pensar
em participações, foi o primeiro nome que veio.
G1 - Você disse em entrevista recente que gravaria um disco
infantil, porque vem ouvindo muito esse tipo de música com seu filho. É,
de fato, uma possibilidade?
Wanessa - É
uma boa ideia, mas não tinha nem parado para pensar. Eu não conhecia o
universo de música infantil. "Palavra Encantada", o trabalho da Adriana
[Calcanhotto]. Tem dez milhões de "Galinha pintadinha". Eu faria isso
mais com o tempo... Ainda estou me firmando nesse trabalho. Mas se rolar
naturalmente, seria ok, sem quebrar a cabeça.
Fonte: G1
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